sexta-feira, 29 de junho de 2012

Literatura de cordel, poesia popular... (E a aula acabou tomando outro rumo, benefício para TODOS!)


Dando continuidade as atividades relacionadas à cultura Nordestina, os alunos das turmas 1201 e 1202 conheceram um pouco sobre a literatura de cordel.
Foi uma aula muito divertida, foram apresentados aos alunos textos da literatura de cordel infantil, e eles perceberam como qualquer pessoa pode produzir textos. O Cordel é uma tradição no Nordeste do Brasil, livros que são vendidos nas feiras e nas ruas, geralmente por cerca de um real.
E nada melhor para explicar o que é o Cordel, do que sua própria poesia...


LITERATURA DE CORDEL
É POESIA POPULAR
É HISTORIA CONTADA EM VERSOS
EM ESTROFES A RIMAR
ESCRITA EM PAPEL COMUM
FEITA PRA LER OU CANTAR.
OS FOLHETOS DE CORDEL
NAS FEIRAS ERAM VENDIDOS
PENDURADOS NUM CORDÃO
FALANDO DO ACONTECIDO,
DE AMOR, LUTA E MISTÉRIO,
DE FÉ E DO DESASSISTIDO.
A MINHA LITERATURA DE CORDEL
É REFLEXÃO SOBRE A QUESTÃO SOCIAL
E ORIENTA O CIDADÃO
A VALORIZAR O SEU POVO
E TAMBÉM A EDUCAÇÃO.
MAS TRATA DE OUTROS TEMAS:
DA LUTA DO BEM CONTRA O MAL,
DA CRENÇA DO NOSSO POVO,
DO ENGRAÇADO, COISA E TAL
E VOCÊ ACHA NAS BANCAS
POR APENAS UM REAL.

O texto simples nos levou a diversas discussões em sala e muitos alunos se identificaram com as referências a sua terra. A conversa rendeu para outras curiosidades sobre o Nordeste. Eles contaram para a turma o que sabiam sobre suas cidades, como são as festas... O Matheus virou o centro das atenções quando disse que já tinha visto os cordéis pendurados nas praças para serem vendidos. As crianças passaram a vê-lo de maneira diferente... Infelizmente ainda é comum, entre as crianças, os apelidos e as brincadeiras de mau gosto. E percebemos que esta atividade ajudou a leva-los a refletir sobre esta prática. E esta é mais uma das muitas iniciativas que nós, professores, realizamos ao longo do nosso trabalho para impedir as atitudes preconceituosas.

Como a roda de conversa estava evoluindo para outros assuntos, nada melhor do que aproveitar o momento e aprender com as crianças. Um dos meninos, em referência a festa Nordestina, disse que gostaria de ajudar na decoração, confeccionando balões de papel. E nos apresentou uma dobradura de jornal... As crianças adoraram, e pela primeira vez, observei um dos meninos mais tímidos da turma, ser o centro das atenções. A aula tomou outro rumo, mas foi extremamente gratificante atingir a um aluno que algumas vezes não demonstra interesse pelas atividades.

Pedi então que o Yan preparasse uma oficina de dobradura e ensinasse aos colegas como fazer, marcamos para o dia seguinte e aproveitamos a oportunidade para discutir sobre o mal que os balões podem causar se foram soltos. Os balõesinhos confeccionados serviriam apenas para DECORAÇÃO!

Nosso “professor” trouxe, por conta própria, todo o material para sua aula. Um balão de presente para cada “aluno”, folhas de jornal, material para enfeita-los... Foi até a frente da turma, ensinou passo a passo, tirou as dúvidas dos colegas, e foi aplaudido por todos. Sem agressividade, sem brigas...

Um sucesso!

Parabéns Yan!

















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